Lisboa, 20 out (Lusa) – A exposição de fotografia “Rostos de Timor” de António Cotrim, é inaugurada hoje, na Assembleia da República, em Lisboa, com a presença do presidente do parlamento de Timor-Leste, Adérito Hugo da Costa, e do seu homólogo português, Eduardo Ferro Rodrigues.
“Rostos de Timor” reúne 24 fotografias de autoria do fotojornalista da agência Lusa, distinguido com o Prémio Gazeta 2014, e assinala os 25 anos do massacre no cemitério de Santa Cruz, em Díli, ocorrido a 12 de novembro de 1991, segundo nota da organização.
No catálogo da exposição o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirma: “Estes ‘Rostos de Timor-Leste” valem a dobrar”.
“Valem pelo retrato de um Povo irmão e heróico. De um heroísmo que percorreu, desde sempre, a sua História. Valem, ainda, pela homenagem a um jornalista-fotógrafo que testemunhou o Massacre de Santa Cruz, e que, também por isso, ficou definitivamente preso aos sortilégios timorenses”, justifica o Chefe de Estado.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “para nós, portugueses, estes Rostos ainda têm um terceiro, e profundo, significado. Evocam um dos momentos maiores de unidade nacional em torno de uma causa que, por si só, dá sentido à vida”
“Por tudo isto, esta exposição é, verdadeiramente, um hino à vida e ao futuro”, remata o Presidente da República.
Em declarações à agência Lusa, António Cortim afirmou que a exposição é “uma singela homenagem aos homens e mulheres de Timor que sofreram, lutaram e morreram pela liberdade e independência de uma terra que amavam e à qual queriam chamar ‘o meu país’”.
A “marca de sofrimento e ao mesmo tempo de esperança”, que António Cotrim encontrou nos rostos que fotografou em 2007, em Timor-Leste, fez surgir a ideia de realizar esta exposição, disse o fotojornalista.
A exposição fica patente ao público até 13 de janeiro do próximo ano.
António Cotrim começou a trabalhar na área da comunicação social em 1974, tendo passado pelas agências noticiosas Lusitânia, ANOP, Notícias de Portugal e, atualmente, Lusa. Colaborou também com o semanário Tal & Qual e com o desportivo Record.
Referindo-se à reportagem de 2007, António Cotrim afirmou: “O que mais me marcou em Timor foi o povo que, após longos anos de sofrimento, enfrenta o dia-a-dia com um sorriso nos lábios. E marcou-me imenso a alegria do povo de Lorosae, por ouvir e falar português”.
NL // MAG – Lusa/Fim
Fotos: “Rostos de Timor” de António Cotrim (SAPO fotos)