53.ª edição da Facim – Feira Internacional de Maputo

Maputo, 31 ago (Lusa) – A Feira Internacional de Maputo é uma tradição para algumas das empresas portuguesas que querem investir em Moçambique, contaram os representantes à Lusa.

“O mercado moçambicano continua a ser um mercado que promete. Definitivamente, queremos expandir os nossos serviços”, disse à Lusa Acílio dos Santos Silva, administrador da Jotelar.

A pequena empresa portuguesa, que trabalha com artigos para hotelaria, está em Moçambique há seis anos, tempo suficiente para “conhecer bem” o mercado, mas é expositora na Facim há pelo menos 25 anos.

O principal certame de negócios do país decorre abriu portas na segunda-feira e decorre durante uma semana nos arredores de Maputo.

Com a crise económica, a procura por artigos de hotelaria caiu significativamente, mas a empresa optou por se manter no mercado moçambicano.

“É preciso compreender a dinâmica do mercado e isso sim vai garantir que haja segurança para quem atua em Moçambique”, acrescentou Acílio dos Santos Silva.

A crise ainda não acabou, mas “as coisas estão a melhorar ligeiramente”.

Moçambique atravessou um período conturbado, marcado pela suspensão do apoio externo como resultado de dívidas ocultas do Estado, com depreciação do metical, aumento do custo de vida e redução do investimento estrangeiro.

Ao mesmo tempo, o país sofreu com calamidades naturais, bem como com uma crise política e militar.

O cenário também criou receio para quem está a avaliar possibilidades de investir em Moçambique, como é o caso da Micromil, uma empresa vocacionada para a área da imagiologia e que tem “os olhos postos” no mercado moçambicano.

“Moçambique tem um bom mercado, sobretudo no que respeita à área médica. E nós estamos aqui na Facim porque queremos encontrar parcerias para entrarmos no mercado moçambicano”, disse a diretora de ‘marketing’ da empresa, Suzana Antunes.

Aquela responsável aponta a paz como condição para o desenvolvimento do mercado, lembrando que há muitos empresários na lusofonia que “têm a mesma boa impressão do mercado moçambicano”.

“Penso que não é somente Portugal, são várias as empresas de outros países da lusofonia que querem expandir a sua atuação nas nossas áreas. Mas é preciso que se sintam seguras a todos os níveis”, concluiu.

Portugal está na Facim com cerca 40 empresas, que atuam em áreas como a construção, infraestruturas, energia, educação, saúde, metalomecânica, novas tecnologias, higiene e limpeza, logística e transportes, material elétrico e consultoria.

A 53.ª edição da Facim, que decorre desde segunda-feira e durante esta semana, junta representações de 1.900 empresas de 28 países nos arredores da capital moçambicana.

EYAC // EL – Lusa /Fim

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