“Acolhimento”, “terrorismo” e “esquerda” estão entre as dez palavras que marcaram a atualidade de 2015, disse hoje à agência Lusa fonte da Porto Editora, que organiza a iniciativa “palavra do ano”.
A lista das dez palavras finalistas para “palavra do ano” votadas pelos portugueses no sitewww.palavradoano.pt foi hoje divulgada e até 31 de dezembro será escolhida uma delas.
As palavras que integram ainda esta lista são “festivaleiro”, “plafonamento”, “privatização”, “refugiado”, “superalimento”, “drone” e “bastão de selfie”.
A organização divulgou a lista por ordem alfabética de forma a não valorizar nenhuma das palavras, tendo por base a observação e análise feita ao longo do ano e considerando também as sugestões feitas pelos portugueses no site, nas últimas três semanas.
Até 31 de dezembro será escolhida uma delas e o anúncio da palavra eleita pelos portugueses será feito nos primeiros dias de janeiro de 2016.
Nas edições anteriores, as palavras vencedoras foram “corrupção” (2014), “bombeiro” (2013), “entroikado” (2012), “austeridade” (2011), “vuvuzela” (2010) e “esmiuçar” (2009).
Sobre a palavra “acolhimento”, a Porto Editora refere que “a proteção dada aos sobreviventes, na sequência de guerras, atentados ou catástrofes naturais, e a forma como os diferentes países interpretaram o dever humanitário de concretizar essa proteção deram destaque a esta palavra”.
Quanto a “plafonamento”, a editora diz que, embora a possibilidade de plafonamento, no âmbito da reforma do Estado, esteja prevista na lei desde 1984, o termo ganhou renovada visibilidade durante a última campanha eleitoral, à luz das propostas políticas apresentadas para a reforma da Segurança Social.
Em relação a “terrorismo”, a editora sublinha que “o ano ficou tristemente marcado pelo elevado número e indescritível violência dos ataques terroristas que ensombraram o mundo, perpetrados em inúmeros países, nomeadamente em França, na Dinamarca, no Quénia, no Líbano, na Tunísia, na Turquia e no Mali”.
Quanto à palavra “esquerda”, a organização sustenta que “a palavra ressurge no quotidiano dos portugueses a partir do muito discutido e inédito entendimento entre os diferentes partidos de esquerda, com vista à formação de Governo, ante a impossibilidade de outra maioria absoluta em resultado das últimas eleições legislativas”.
A iniciativa “palavra do ano”, este ano em sétima edição, tem como principal objetivo, segundo a Porto Editora, “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam”.
A lista de palavras candidatas resulta “de um trabalho de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora, através da análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação e redes sociais”.
Também são escolhidas com base no registo de consultas online e mobile dos dicionários da Porto Editora, tendo ainda consideração as sugestões dos portugueses através do site www.palavradoano.pt. Ler o artigo completo