450 alunos no Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Macau

Vêm da Tailândia, da Coreia do Sul, de Timor-Leste e até da Moldávia, os alunos que este ano vão frequentar o Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Macau. Criada apenas cinco anos depois da fundação da maior instituição de ensino superior do território, a iniciativa atrai este ano um número recorde de mais de 450 participantes.

O Departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Macau (UM) volta a receber, a partir da próxima segunda-feira, várias centenas de alunos locais e estrangeiros que vão frequentar o Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa. A iniciativa, que conhece este ano a sua 31.a edição, acolhe este ano um número recorde de 453 alunos oriundos de Macau, da China continental, da Tailândia, de Timor-Leste, de Hong Kong, da Coreia do Sul e até da longínqua Moldávia. Durante três semanas, para além de participarem em aulas propriamente ditas, os participantes vão mergulhar na língua portuguesa através de atividades de cariz lúdico, histórico e desportivo, sempre com falantes nativos do idioma de Camões. Lições de folclore português, aulas de canto, de “fitness” e ainda uma visita ao centro histórico e também ao Museu de Macau são algumas das atividades planeadas para as tardes e fins de semana.

O Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa conta este ano também com o contributo de Miguel de Senna Fernandes, presidente da Associação dos Macaenses e também da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses. O também responsável pelo grupo de teatro “Dóci Papiaçám Di Macau” aceitou o convite endereçado pelo Departamento de Português para conduzir uma sessão sobre a herança portuguesa em Macau, explicar quem são os macaenses e qual é a sua história, tradições e cultura.

Uma vez que os alunos de iniciação não têm ainda capacidade para seguir uma aula lecionada inteiramente em português, como refere Ana Nunes, coordenadora do curso, serão os estudantes que se inscreveram na modalidade de tradução os responsáveis pela interpretação simultânea da sessão. Para a docente, esta é uma “boa oportunidade” para que os alunos de tradução possam por em prática as capacidades adquiridas.

Ana Nunes faz um “balanço muito positivo” das mais de três décadas da iniciativa, uma das mais antigas entre as promovidas pela maior instituição de ensino superior do território. Fundada há 36 anos, então como Universidade de Ásia Oriental, a Universidade de Macau inaugurou a primeira edição do Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa ao fim de apenas cinco anos de existência: “Cada vez são mais, os alunos que procuram o curso de Verão, que procuram aprender português e que, de alguma forma – e alguns chegam mesmo a dizer-nos isso – que é em Macau que se sentem mais próximos da língua portuguesa, quanto mais não seja nas ruas, nos autocarros [onde] ouvem português e vêm as coisas escritas em português”, diz a coordenadora.

O curso é aberto “a quem quiser aprender português”, explica Ana Nunes. Os participantes podem escolher uma de seis modalidades: iniciação, básico, intermédio, avançado, superior e tradução. Apenas para esta última é exigido um nível mínimo de B2 de português e o nível intermédio continua, este ano, a ser o que mais estudantes atrai. Os alunos de Pequim que este ano vierem a Macau frequentar a modalidade intermédia, correspondente ao nível B1, estarão de regresso daqui a dois anos para um programa de intercâmbio na Universidade de Macau quando, na altura, estiverem no seu terceiro ano do curso.

CVN

Fonte: Ponto Final

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