3.ª conferência internacional sobre o futuro da língua portuguesa no sistema mundial

PROGRAMA DA “3.ª conferência internacional sobre o futuro da língua portuguesa no sistema mundial”

Díli, 15 jun (Lusa) – A língua portuguesa deve ser promovida pelo seu valor económico, explicando as vantagens da sua aprendizagem para o desenvolvimento dos países lusófonos, defendeu hoje o ministro da Educação timorense.

“Temos de encontrar estratégias que permitam aos cidadãos entenderem as vantagens de aprender português e o benefício concreto do seu uso nos vários domínios da sociedade e no exercício da cidadania”, disse António da Conceição.

“A língua portuguesa deve afirmar-se não apenas como fator identitário e cultural, mas como fator de cidadania e desenvolvimento social, económico e humano”, afirmou.

O governante falava na abertura em Díli da “3.ª conferência internacional sobre o futuro da língua portuguesa no sistema mundial”, que reúne especialistas de vários países e marca a reta final da presidência de Timor-Leste da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

António da Conceição sublinhou que o português se assume, cada vez mais, como “um denominador e plataforma comum para o desenvolvimento económico e social dos estados membros da CPLP”.

“Além da vertente histórica e cultural, é um idioma comum que apresenta um valor económico, fruto do potencial do crescimento do seus estados membros e das regiões onde estão inseridos”, frisou.

Também Georgina de Melo, diretora-geral da CPLP, destacou que o português é “cada vez mais um instrumento de comunicação internacional” e uma “língua de negócios face ao potencial das economias” lusófonas em vários setores, “como o das energias renováveis e convencionais”.

Daí que, referiu, seja importante consolidar as estratégias em curso em vários setores para potenciar a divulgação e projeção internacional da língua portuguesa, incluindo em áreas como o audiovisual, o trabalho junto da sociedade civil e outros.

António da Conceição afirmou que hoje o português tem um potencial cada vez maior “para se afirmar como língua económica, de negócio, de empreendedorismo, de emprego e de trabalho”, numa altura em que a “internacionalização da língua portuguesa é uma realidade indiscutível”.

Nos últimos anos, sublinhou, “regista-se uma crescente utilização do português em organismos internacionais” e uma “elevada procura da sua aprendizagem por falantes de outos idiomas”, o que confirma “a crescente importância da língua portuguesa no contexto global”.

O encontro que decorre até quinta-feira é uma “oportunidade para diálogo e reflexão sobre as estratégias a implementar no âmbito da promoção e difusão da língua portuguesa a nível nacional e internacional”.

No caso de Timor-Leste, António da Conceição defendeu um “consenso nacional a médio e longo prazo”, que envolva Governo, Parlamento, setor privado, confissões religiosas e sociedade civil e que “não esteja dependente de mudanças de executivo para assegurar a eficácia das estratégias e dos seus resultados” no terreno.

“A língua portuguesa é para Timor-Leste um elemento central da nossa identidade enquanto país, afirmando-se como língua da libertação e da independência nacional”, afirmou.

“Temos de redobrar esforços para que o português se consolide. Para este efeito considero necessário a existência de um consenso nacional que reflita o compromisso de todo o país para o ensino e aprendizagem da língua portuguesa a fim de assegurar o seu papel como língua nacional”, disse ainda.

ASP // MP – Lusa/Fim
III Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa.
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