Lisboa, 12 out (Lusa) – A utilização da língua portuguesa pela Guiné Equatorial “é um processo que pode demorar muito tempo”, reconheceu hoje em Lisboa o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Murade Murargy, que intervinha na cerimónia para celebrar o primeiro aniversário da entrada da Guiné Equatorial na organização – que se concretizou em julho de 2014 -, sublinhou que “a aceitação em Díli é o início de um processo de integração, e há todo um percurso que tem de ser feito para que se sintam plenamente integrados no nosso seio”.
O apoio que a equipa da CPLP dá, acrescentou o responsável, é por isso “extremamente importante para que consigam reduzir as distâncias que nos separam” e que permite, “para usar as palavras que costumam usar, o retorno a casa, onde pertenciam antes, mas esse retorno leva o seu processo”.
Na curta intervenção que deu início à sessão que decorre esta tarde em Lisboa, Murargy abordou uma das questões que mais polémica tem levantado desde a entrada da Guiné Equatorial na CPLP, e que se prende com a utilização da língua portuguesa: “Não devemos rejeitá-los porque não falam português, não faz parte da nossa maneira de ser; a família CPLP é uma família de acolhimento, de carinho”, concluiu.